sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Contos Verdadeiros da Fantástica Villa de Queluz


 O Malescene. (Do italiano Male = Más e scene = cenas.)

Ouve-se falar, já faz algum tempo, de um ‘ser' que habita na cidade de Queluz. Ele tem uma aparência peculiar, pois se locomove rapidamente sobre quatro patas giratórias, tem a pele cor de chumbo e em suas mãos carrega um olho mágico capaz de guardar tudo o que vê. Além disso, segundo o conto este ‘ser’ consegue, com seu chifre de ondas curtas, ouvir conversas a longas distâncias e é capaz de saber de tudo o que acontece num grande território.
Outra fonte revela que aquilo apesar de poder fazer coisas maravilhosas com seus dons, precisa se alimentar da imagem da desgraça humana, sendo assim, tal como uma ave carniceira, ele percorre todos os lugares à procura das cenas de onde absorve sua energia vital.
Uma versão recente conta que a forma de sobrevivência deste monstro é oriunda de uma maldição que retirou sua essência humana e o tomou como o ópio fazendo-o prisioneiro de seu desejo. Por não possuir essência humana esta coisa não almeja o devir tanto que a luz de um carro pegando fogo ou cheiro da decomposição das carnes são fatos que o atraem por instinto como uma mosca.
Diz-se ainda, que a aproximação de tal criatura pode ser sentida pelo sibilar de sua língua que “estica” os últimos sons das palavras terminadas na consoante ‘s’.
Na tradição local aparece tanto em sua forma original quanto na forma de um homem moreno de contornos arredondados e tratos rudes capaz de intimidar quaisquer pessoas que cruzem seu caminho. Alguém que se depara com o Malescene deve permanecer imóvel e dizer sim a qualquer coisa que ele fale, pois é recomendado não contrariá-lo.

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