História do Dadaísmo
O
dadaísmo surgiu no ano de 1916 em Zurique, no chamado Cabaret Voltaire, por
iniciativa de um grupo de artistas e escritores, que decidiram romper com todos
os valores e princípios estabelecidos anteriormente à Primeira Guerra Mundial,
inclusive os artísticos.
A
própria palavra dadá não tem outro significado senão a própria falta de
significado, sendo um exemplo da essência deste movimento.
O movimento dadaísta foi fundado pelo poeta Hugo Ball (ver figura), ao qual se uniram os artistas Hans Arp e Marcel Janco e o poeta romeno Tristan Tzara. As suas inúmeras publicações de manifestos tornaram rápida a difusão do dadaísmo na Europa, obtendo a adesão de artistas como Marcel Duchamp, ou Francis Picabia.
A pintura dadaísta foi um dos grandes mistérios da história da arte do século XX. Os pintores deste movimento, não hesitaram em anular as formas, técnicas e temas da pintura, tal como tinham sido entendidos até aquele momento. Para dificultar ainda mais sua análise, os títulos escolhidos não tinham qualquer relação com o quadro.
A escultura dadaísta dedicava-se à improvisação e desordem. As esculturas de Marcel Duchamp, por exemplo, baseavam-se muitas vezes em objectos do dia-a-dia. Um dos mais escandalosos foi, sem dúvida, o urinol que este artista francês se atreveu a apresentar no Salão dos Independentes, competindo com as obras de outros escultores. Com exemplos desse tipo e outros, pode-se afirmar que Marcel Duchamp foi o “pai” da arte conceptual. Os críticos não foram muito condescendentes com essas obras, que não conseguiam compreender nem classificar.
Em poucos anos, o movimento alcançou, além de Zurique, as cidades de Barcelona, Berlim, Colónia, Hanover, Nova Iorque e Paris.
Os dadaístas não romperam somente com as formas da arte, mas também com o conceito da própria arte.
Efémera, mas eficaz, a arte dadaísta preparou o terreno para movimentos vanguardistas tão importantes como o surrealismo e a arte pop, entre outros.
O movimento dadaísta foi fundado pelo poeta Hugo Ball (ver figura), ao qual se uniram os artistas Hans Arp e Marcel Janco e o poeta romeno Tristan Tzara. As suas inúmeras publicações de manifestos tornaram rápida a difusão do dadaísmo na Europa, obtendo a adesão de artistas como Marcel Duchamp, ou Francis Picabia.
A pintura dadaísta foi um dos grandes mistérios da história da arte do século XX. Os pintores deste movimento, não hesitaram em anular as formas, técnicas e temas da pintura, tal como tinham sido entendidos até aquele momento. Para dificultar ainda mais sua análise, os títulos escolhidos não tinham qualquer relação com o quadro.
A escultura dadaísta dedicava-se à improvisação e desordem. As esculturas de Marcel Duchamp, por exemplo, baseavam-se muitas vezes em objectos do dia-a-dia. Um dos mais escandalosos foi, sem dúvida, o urinol que este artista francês se atreveu a apresentar no Salão dos Independentes, competindo com as obras de outros escultores. Com exemplos desse tipo e outros, pode-se afirmar que Marcel Duchamp foi o “pai” da arte conceptual. Os críticos não foram muito condescendentes com essas obras, que não conseguiam compreender nem classificar.
Em poucos anos, o movimento alcançou, além de Zurique, as cidades de Barcelona, Berlim, Colónia, Hanover, Nova Iorque e Paris.
Os dadaístas não romperam somente com as formas da arte, mas também com o conceito da própria arte.
Efémera, mas eficaz, a arte dadaísta preparou o terreno para movimentos vanguardistas tão importantes como o surrealismo e a arte pop, entre outros.
Características do Dadaísmo
- Os objetos do quotidiano são apresentados em novos e diferentes contextos que por vezes não aparentam ter qualquer sentido.
- As obras de arte contêm por vezes itens que criticam a guerra, o consumismo, o capitalismo e a sociedade em geral.
- O dadaísmo opõe-se ao equilíbrio, utilizando a ironia e o pessimismo. Para criar maior sarcasmo os artistas utilizavam por vezes a fotomontagem.
- O
dadaísmo é experimentalista, escandaloso, espontâneo e cepticista, e invocava
até a antiarte ou a destruição da arte.
- Utilizam-se montagens e experiências de imagens com objetos e sons do quotidiano
- Engloba as artes plásticas, a fotografia, a música, o teatro,
- Utilizam-se montagens e experiências de imagens com objetos e sons do quotidiano
- Engloba as artes plásticas, a fotografia, a música, o teatro,
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Man Ray - O Violão, 1924 |
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Marcel Duchamp - Fountain |
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Max Ernst |
Questão 1) O Dadaísmo foi o
movimento de vanguarda mais radical do início do século, isso pelo seu caráter
de negação. Tristan Tzara foi o líder dos dadaístas. Ele dizia: “Dada não
significa nada”, e este nada é sua palavra fundamental. Já para André Gide,
“Dada é o dilúvio após o qual tudo recomeça”, isso reforça a idéia de que o
dadaísmo queria tudo novo e destruir tudo que o precedia. Os dadaístas também
querem repudiar o bom senso e a serenidade. Depois do futurismo, é o movimento
de vanguarda que apresentou maior número de manifestos. Julgue os itens
seguintes acerca do movimento dadaísta.
1 O caráter de negação ao qual o texto se refere só
encontra verdadeira ressonância nos manifestos, mas não nas obras visuais
produzidas.
2 Dilúvio e recomeço, atribuídos ao movimento por
André Gide, podem ser entendidas como metáforas para a desconstrução e a
retomada dos procedimentos acadêmicos exercidos pelos dadaístas.
3 Embora repudiem o bom senso, os dadaístas não
abandonam a lógica na elaboração de suas composições e sua consequente assimilação
por parte do público.
4 Os artistas dadaístas produziram uma antiarte cuja
influência política revela-se no posicionamento de tais artistas em favor da
guerra.
5 O mictório transformado em “A Fonte” por Marcel
Duchamp é um bom exemplo de como a arte dadaísta descontextualizava os objetos
afim de lhes garantir objetividade e entendimento imediato.
Questão 2) O
Dadaísmo foi o mais radical de todos os movimentos de vanguarda surgidos no
começo do século XX. Outros movimentos como o Cubismo, o Futurismo e o Expressionismo
e até mesmoo Surrealismo se negaram à estética ou aos estilos anteriores a
eles, propuseram uma nova estética ou um novo estilo. O Dadaísmo não: ele nega
toda a arte do passado – inclusive a moderna – e nada propõe. Ou, melhor,
propõe a morte da arte. Nega não apenas a arte, mas também a moral, a política
e a religião. Nega até a si mesmo "Ser dadá é ser antidadá", afirma
em um de seus manifestos. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o
Dadaísmo, julgue os itens a seguir.
1 Os artistas
desse movimento apoiavam a sociedade capitalista e sua moral burguesa, e não as
responsabilizavam pelos horrores da guerra.
2 Os dadaístas
voltavam-se para a produção de uma arte absurda, pois, na forma de provocações,
manifestavam seu apoio e contentamento com a guerra.
3 O objetivo principal do movimento era construir uma
arte educativa e espiritualista como forma de se contrapor ao materialismo e ao
cientificismo do mundo moderno.
4 Marcel Duchamp e seus companheiros criticavam a arte
ilógica, absurda, valorizando a racionalidade na criação artística.
5 Os artistas do dadaísmo pregavam o fim da arte
tradicional, pois entendiam que esta expressava os valores estéticos e
ideológicos de quem detinha o poder.
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