terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Tudo

Tudo o que me toca
De tudo, bem no absurdo.
Tudo provoca
Em tudo um arrepio agudo.
Tudo o que acalenta
De tudo, o oculto, é certo.
Tudo me tenta
A fazer o que, de tudo, não é correto.
Tudo o que traz
De tudo, e em tudo, alguma tristeza.
Tudo o que me faz
Além de o tudo enxergar beleza.
Tudo o que se tem
De tudo o nada sobra.
Tudo, então, que vem
Tudo ao fim de uma obra.
Tudo, enfim, de cada
De tudo o vazio.
Tudo se faz nada
Assim que chega o frio.
Tudo o que seduz
De tudo o que mais alegra o olhar.
Tudo se torna luz
Depois da escuridão tudo há de findar.


Tudo o que é plausível
De tudo fecha-se à cortina.
Tudo ainda é possível
Que tudo não se torne rotina.
Tudo tem sua hora
De tudo o mais intenso.
Tudo o que se tem agora
Ainda tem, tudo, fim extenso.
Tudo em que há razão
Em tudo resta a última dúvida.
Tudo ainda que não
Tenha tudo, sentido na vida.
Tudo não obstante
No tudo que deixo ao ir.
Tudo o que faz ver
De tudo um pouco.
Tudo o que me impulsiona a ser
O que de, de tudo, um tanto louco.

27-12-1998
Sérgio Laviann Drumond.

Nenhum comentário:

Postagens populares