sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Contos verdadeiros da fantástica Villa de Queluz

http://fudeus.wordpress.com/2006/11/07/so-inri-salva/

Mais santo que Jesus Cristo, ou Quase J.C., ou Q.J.C.

Cantai um cântico de louvor a essa criatura, pois com toda a certeza ela o merece. Não pretendo aqui criar mais uma nova religião, embora ache até um negocio bastante lucrativo minha consciência ética não ficaria muda diante de mim.
Porém desde pequeno Q.J.C. manteve calculadamente sua consciência enclausurada dentro do ministério ao qual lia ajudando o santo ofício de um padre que chamaremos aqui, não para ionizar, longe de mim, de Padre Judas. Pois que tal menino é que deveria ter sido batizado com tal nome, mas recebeu outro nome bíblico. Nada melhor que um nome bíblico para disfarçar uma natureza contraria à dos princípios do citado livro, ou livros.
Crescendo em um ambiente tão envolto pela ‘Santa Madre Igreja’ este menino se tornou um adolescente modelo que dizia querer ser padre para agradar à sua dedicada mãe e ao Padre Judas. O próprio sacerdote providenciou seu direcionamento ao local correto para a formação de um padre... o seminário logicamente. Longe de qualquer distração e tentação em Mariana - MG. Porém, mesmo neste lugar liberto das impurezas da carne; existia carne para se comer e dinheiro para se entesourar, pois a fé católica mantém suas origens e uma delas é o dizimo. Nosso então Pós-adolescente Q.J.C. amado por todos e investido da confiança de todo o seminário meteu-se... não... melhor... dignou-se tesoureiro do mesmo.
Não se arrancaram muitas folhas do calendário até que nosso herói percebesse que para lucrar nesta profissão — quero dizer santo ofício — ele necessitaria de muito tempo para que por designação divina, embora deus não seja parcial, hierarquicamente pudesse exercer suas habilidades caligráficas nos papéis oficiais sem que ninguém aquém do oceano pudesse elevar falange para criticar, sequer saber. Dentre as várias de suas virtudes não se encontrava a boa e velha paciência, tão necessária a Jô, e nosso Q.J.C. resolveu passar o carro adiante dos bois. Talvez pensasse ser tão abençoado que por milagre os tais bois empurrassem o carro... não obstante faltou-lhe fé e foi descoberto fazendo algo que lhe rendeu o retorno prematuro para nossa querida Queluz. Não respeitara o fato de que, “Não há padreco, por mais modesto que seja que não sonhe em ser papa um dia.” (Heinrich Heine, poeta e jornalista alemão do séc. XIX), pois antes é preciso no mínimo ser padre, no máximo ser europeu. E essas duas qualidades o rico Q.J.C. não possuía, ainda não possui.
Aqui chegando trouxe consigo somente sua luz deixando as trevas a cargo dos cuidados do preocupado Padre Judas.
Sua fama foi crescendo e o bom moço tornou-se reconhecido em toda a cidade como amante do conhecimento avesso a idéias novas, defensor ferrenho do ensino de línguas mortas nas escolas, tanto que, segundo alguns, mostrava ser parte de seu Don profético. Pois não é que o pontífice atual desenterrou o latim e retornou-o à sagração da missa. Sem o nosso herói quem é que na pequena Queluz entenderia o que se sagrava? Pois então cantai um cântico de louvor a essa ‘abençoada’ criatura de deus. Profeta é claro. Para ser profeta não é preciso ser padre, apesar de extintos estarem os profetas, segundo 1 Coríntios 13:8-12. Quem sabe não se arranja um lugar para ele na vizinha Congonhas.
Por: Jean Dart (Sérgio Laviann)

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